segunda-feira, 19 de março de 2012

Operação Dragão (Enter the Dragon 1973)


Que Bruce Lee é o maior mito das artes marciais ninguém tem dúvida disso e em seus filmes podemos ver a genialidade dele. Um homem que conseguiu popularizar o esporte (ou seria filosofia) por todo o mundo nos anos 70 e influencia até hoje. No filme, a inteligência britânica pede a ajuda de Lee para participar do torneio de lutas articulados por Han, exímio lutador e proprietário e uma ilha no Pacífico onde ele treina seu exército particular e comanda um esquema de tráfico de drogas. Todas as lutas foram montadas pro Bruce Lee, constata-se logo de cara cenas bem “roots” por assim dizer, sem nada da coreografia e cabos usados hoje em Hollywood. Dá pra perceber também que Lee era um lutador completo. Contando com alguns pequenos problemas relevados pela idade do filme, é uma ótima diversão para todo fã de cinema e fãs de artes marciais.
P.S. Fiquei meio “deprê” depois de ver o filme, nunca vou ter a definição abdominal que o cara tinha :( 

domingo, 18 de março de 2012

Um Método Perigoso (A Dangerous Method 2011)


A estória das primeiras descobertas no campo da psicanálise são mostradas aqui quando dos primeiros encontros entre Carl Jung e Sigmund Freud, os dois maiores nomes da psicologia moderna. Jung começa a tentar usar as técnicas desenvolvidas pro Freud em uma nova paciente que chega ao hospital em que ele atende, não sabe ele que esse novo método pode ser muito perigoso para ambos. Contando com ótimos atores interpretando figuras tão famosas (Fassbender/Jung e Mortensen/Freud) o filme sempre ganha força quando ambos dividem a tela em diálogos inspirados, já Keira Knightley exagera no início como a paciente de Jung, o que acaba comprometendo o restante de sua atuação. Outro problema é a questão do filme usar muito da fala e diálogos, quando poderiam ser muito bem trocados por imagens (lembrem-se, cinema = imagens). O subplot que remete ao Holocausto é deixado no ar pelo diretor Cronemberg (cinema de autor, e que devo dizer me agradou bastante). O filme é interessante sobretudo para estudantes de psicologia e afins. Nota 8,0.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Indiana Jones e o Templo da Perdição (Indiana Jones and the Temple of Doom 1984)


Dr. Jones depois de ter escapado da morte em Xangai, acaba indo parar nua região remota da Índia com dois companheiros de viagem, seu side-kick Short Round (baixinho) e uma cantora americana, Willie Scott. Quando, ao chegar numa aldeia assolada pela fome, Indy fica sabendo das pedras de Sankara, pedras sagradas que garantem a prosperidade do lugar, essas pedras estão sendo usadas por uma seita maligna no palácio de Pankot. Indiana parte então para o palácio em busca de fortuna e glória, não sabendo ele do que acontece nas catacumbas do palácio. Segunda aventura de Indiana Jones (segunda em produção, pois ela se passa antes de Caçadores da Arca Perdida). A estória possui mais humor (devido aos coadjuvantes) e toques de horror (todos praticamente no Templo). Spielberg conduz a trama com maestria, boas cenas de ação, mesmo limitadas pelos recursos técnicos da época. Algumas passagens do roteiro não envelheceram bem, notam-se pequenos furos e situações um pouco mal resolvidas. Os efeitos também em algumas partes não são mais tão convincentes assim, mas isso tudo releva-se pelo ritmo de aventura e carisma de Harrison Ford no papel. Clássico dos anos 80 (um dos filmes favoritos da minha infância), é obrigatório para todo fã do cinema de entretenimento.


domingo, 4 de março de 2012

Imortais (Immortals 2011)



Os filmes épicos baseados em fatos da história da antiguidade (sobretudo Grécia e Roma) são tradição em Hollywood. Imortais segue na cola do sucesso de 300, filme que mostrou um novo estilo em se filmar esse tipo de estória.  Teseu é um camponês que se vê em meio a uma guerra iniciada por Hiperion, que busca vingança dos deuses, e a única forma de conseguir isso é libertando os titãs para lutarem contra os deuses. A mitologia clássica grega só empresta mesmo os nomes, por que o roteiro a ignora e ainda mistura tudo, personagens, fatos e situações. A motivação do vilão é muito rasa para crermos que ele quer provocar uma guerra por vingança aos deuses, era melhor mesmo dizer que ele era maluco e só queria tocar o terror. O design de produção (cenários) muitas vezes são falsos demais para acreditarmos que ali é a Grécia antiga. Os figurinos são ridículos, coisa de escola de samba (as “armaduras” dos gregos dá pra perceber que são feitas de borracha). Pelo menos as cenas de ação são bem executadas e a fotografia de vez em quando se mostra inspirada. Atuações fracas e um roteiro cheio de buracos comprometem também o envolvimento com a trama. Não perca tempo com este filme, existem outros melhores para se assistir.
P.S. O ator que interpreta Teseu é Henry Cavill, que interpretará o novo Superman em 2013.


sábado, 3 de março de 2012

Vanilla Sky (Vanilla Sky 2001)



David (Tom Cruise) é jovem Playboy, sócio-majoritários de uma famosa revista. Bonito, charmoso, vive em Nova Iorque e nunca leva a sério seus relacionamentos com as mulheres, sua última parceira Julie (Cameron Diaz) não pensa dessa maneira, procurando algo a mais. David conhece Sofia (Penélope Cruz, linda!), e pela primeira vez se apaixona. Julie não gosta nada disso e num ato de loucura, muda completamente a vida de David. Não posso revelar mais nada na trama se comprometeria o desenrolar da trama, que em certo ponto, pode se tornar confusa. Um roteiro bom, mas nada inovador e que deveria esconder por mais tempo seu “segredo” (muitas pistas são entregues logo no início), ele também explora até que limites você iria para manter sua vida da forma que mais lhe agrada, e no fim, constatamos que as pequenas coisas e gestos é que realmente fazem sentido. Depois de ver o filme você vai entender o porquê do título.
P.S. Refilmagem do filme espanhol Abre Los Ojos, que também tem a Penélope Cruz interpretando a mesma personagem.

Sherlock Holmes, O Jogo de Sombras (Sherlock Holmes – A Game of Shadows 2011)


A trama é baseada vagamente em no conto O Problema Final. O filme já inicia com Holmes buscando meios de incriminar o Professor Moriarty (Jared Harris, filho do primeiro Dumbledore, Richard Harris), seu maior inimigo e tão inteligente quanto. Moriarty pretende com seus planos provocar uma desestabilização entre os países europeus e lucrar com isso. Holmes quer resolver o caso, não por que ele se importe muito com as conseqüências disso, ele quer subjugar seu nêmesis. Com uma trama, vilão e ritmo melhores que o anterior, o filme se mostra uma diversão até que bem elaborada e com ótimas seqüências de ação, destaque para a que se passam em um trem, e a fuga pela floresta (filmada com câmeras de alta velocidade que, quando rodadas em velocidade baixa, permite a visualização de muito mais detalhes por frame de filme). Downey Junior à vontade no papel e sua química com Law só melhorou neste segundo filme. Alguns podem chiar do clímax mais “parado” em relação ao restante do filme, mas esse momento é o momento de Holmes e Moriarty, com diálogos inspirados entre os dois. Vale o preço do ingresso.